Qual a escolha a ser feita
Uma grande pergunta dos pais que nos procuram é: “como conseguir tratar de meu bebê/ filho/a sem sedação?”
Será que existe algum pai e mãe que não deseje que sua criança tenha a chance de ser tratada em consultório, sem riscos ou custos extras, tranquilamente?
Essa dúvida ocorre porque a indicação unânime de dentistas , quando não conseguem tratar dos dentes de uma criança que não é “boazinha” , é a sedação.
Portanto, os pais chegam achando que esta será a única e melhor solução. E não é.
O caso do Enzo é mais um exemplo disso. (veja nas fotos ao lado ) E com algumas informações, você também pode conseguir isso, por mais difícil ou impossível que possa parecer o caso de seu filho.
Respondo hoje também a uma avó, acompanhando seu neto com a filha, que se dizia impressionada com o que ela chamou de ”milagre” que estava se operando com o netinho de 2 anos e 11 meses , na sala de procedimentos. Perguntou o que estava acontecendo, pois ela cuidava do neto, e não estava “reconhecendo” a criança tranqüila e cooperadora que ela estava vendo.
Como pode ser feito o tratamento sem sedação
Segue um resumo do que pode acontecer com toda criança que é tratada com respeito, de acordo com as características de seu temperamento e com a cooperação orientada dos pais e segurança por parte do profissional.
Tudo deve começar pela primeira consulta. Os pais precisam saber tudo sobre o que vai acontecer com a criança, e principalmente que ela não sentirá dor.
A partir desta certeza, os pais precisam estar muito determinados. Devem saber o que desejam.
Essa determinação, é tudo o que a criança precisa para seguir em frente. Ficar relaxado e dormir durante os procedimentos no consultório de odontopediatria.
Se até os pais estão inseguros, o que dirá da criança? Mais do que natural que ela manifeste seu desespero! (clique aqui e assista a um vídeo muito legal que recomendo para entender mais).
A criança é condicionada de acordo com sua compreensão, recebe as informações necessárias (sem exageros, sem receio na voz) , mostramos o que será feito.
Quando nestes casos, não consegue cooperar, fica desapontada. Veja bem: ela está desapontada com ela mesma, pois todos ao seu redor foram legais. Agiram de acordo com regras e acordos, que ele, apesar de saber que não doeu, não conseguir cooperar (veja a reação no vídeo abaixo).
Percebe que, apesar de todas as suas assustadoras manifestações, tudo foi realizado mesmo assim, como numa relação sem problemas: “ Tudo bem, você não quer isso, mas para te proteger, vamos realizar. “
À criança é dada a oportunidade de ajudar, e ela não conseguiu. Tudo bem. Nossa obrigação é protegê-la. Damos a abertura para que ela reflita. Conversamos sobre o assunto. Sem exageros, com objetividade e segurança. (veja no vídeo abaixo a conversa)
Isso posto, vem a maravilhosa observação da satisfação dos pequenos que conseguem vencer suas questões.
Então, nesta hora, toda a confiança dos pais, toda a dedicação, é compensada.
Então, para a vovó curiosa, que gostaria de aprender o “truque” dizemos também: todos os seres humanos, inclusive as crianças, precisam ser olhadas com respeito de acordo com sua individualidade. E precisam ser protegidas. Às crianças não podemos delegar decisões que cabem a nós adultos.
Referências para mais informações sobre o tema Sedação e Medo de Dentista
Tratamentos dentários de crianças e bebês:
Sedação:
Medo, trauma de dentista:
Livro:
Referencias para colocar em indicações de livros:
QUANDO EU VOLTAR A SER CRIANÇA
Formato: Livro
Coleção: NOVAS BUSCAS EM EDUCAÇAO
Autor: KORCZAK, JANUSZ
Idioma: PORTUGUES
Editora: SUMMUS
Assunto: PEDAGOGIA
Comentarios