Já expressei minha opinião sobre o que significa para uma criança de qualquer idade, a experiência de ir a um dentista. Através dos relatos espontâneos das famílias, fica a sensação nítida da grande oportunidade que é poder passar por essa vivência conscientemente. Tudo bem cuidado, pais sem dúvidas e preparados para participarem do processo, aí sim as crianças podem se sentir heróis.
Além disso, em outros artigos, menciono como acontece o tratamento dentário de crianças com medo de dentista – as ditas “crianças traumatizadas” -, desde as pequeninas, na faixa de 1 ano e dois meses, até as mais velhas, bem como descrevo as características de um consultório destinado ao tratamento dentário de crianças. (Veja mais em: A Clínica Odontológica Infantil)
Mas sempre gosto de rever minhas posições por saber que minha vivência é só minha, podendo sempre ser enriquecida pela de outros profissionais e também pelas inovações tecnológicas.
Esse ano de 2011, que está agora quase terminando, foi mais um ano no qual procurei escutar tudo o que havia de novo em termos de sedação, e também reavaliar minhas atitudes para merecer crianças mais tranquilas durante os procedimentos e mais felizes em retornar ao consultório.
Sobre esse ponto, esse 2011 foi um ano de grandes avanços por aqui, e estamos conseguindo enriquecer nossa relação com as crianças menores seguindo várias referências e estudos de abordagens que vamos compartilhando com vocês aos poucos. Aguardem, pois muitas lindas surpresas já estão no forno!!
Sobre a postura de profissionais da área médica que trabalham com pesquisa de ponta no assunto, permanece mantida a seguinte posição: nada de sedação de crianças na faixa etária que eu mais atendo, entre 1 ano e 2 meses e 3 anos, e que têm os mais sérios problemas de cárie.
A mesma posição expressa pelos profissionais que vendem os aparelhos utilizados para sedação nos Estados Unidos (conferi isso no Congresso da ADA – , American Dental Association , realizado no mês de outubro, em Las Vegas). Portanto, só nos resta tentar de todas as maneiras manter nossas crianças saudáveis e, se precisarem de tratamento dentário, nos dedicaremos caso a caso com muita tranquilidade e respeito.
Decidi agora, depois de acompanhar, ao longo do ano, muito sofrimento de famílias cujos bebês têm cárie, e de tanto responder sobre sedação, colocar um vídeo que há muito eu havia visto. Desculpem-me os mais sensíveis, mas para os pais que precisam de uma resposta definitiva sobre sedação, e sobre o porquê insisto em incentivar as relações da família com a criança e do fortalecimento do vínculo com o profissional, esse vídeo é definitivo.
Assista:
A criança foi liberada da clínica em que foi sedada para tratamento dentário antes do que deveria, e, no carro, indo para casa, sente-se estranha, urra como um animal, pergunta o porquê está passando por isso, e diz que está confusa quanto ao mundo em que se encontra. O pai ri da situação.
Agora, veja algumas de nossas fotos e decida o que deseja para seu filho:
Dra. Carmem Silvia
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