Tema básico na Odontopediatria, que merece esclarecimento.
Em primeiro lugar: bebês podem ter cáries. Por uma série de fatores, e os mais freqüentes são:
Falta de cuidados com a higiene
Maus hábitos alimentares
Má formação de esmalte e dentina.
A criança não nasce com os micro-organismos que provocam cáries, nós é que as contaminamos, beijando na boca, assoprando a comida e comendo do mesmo talher.
Caso os pais não tomarem os devidos cuidados, a criança não tiver as cavidades tratadas, e os fatores predisponentes acima persistirem, a evolução das cáries será bem rápida. Evolução paratratamento de canais. Leia mais sobre o assunto em Tratamento de Canais em Dente de Leite (Endodontia).
Segue o que os pais mais nos dizem:
“Dra., estou impressionada com a rapidez da evolução das cáries dessa criança, e com a consciência muito pesada. Era um buraquinho, um pontinho preto, que a dentista falou que só conseguiria tratar se ele deixasse!! Esperei ele deixar, mas foi muito rápido. Não me disseram que minha criança poderia sentir dor, não conseguir comer e ter que tratar canal!!”
É assim que funciona. Os pais chegam sem a noção de que um bebê amamentado ou que faça uso indiscriminado de mamadeira até um ano e meio a dois anos de idade, corra grande risco de ter cáries se a higiene não for realizada após cada mamada.
As consequências das cáries em crianças são muitas. A Odontopediatria está aí para esclarecer esses pontos.
Problemas comuns em crianças com cáries
A criança com cárie pode sentir dor e não relatar por não conseguir definir o que está acontecendo. Sente um mal estar geral, manifesta um temperamento choroso, falta de apetite, febre, baixa de resistência, irritabilidade, sono interrompido por resmungos, choro e gritos.
A criança com cárie não consegue mastigar, recusa alimentos mais consistentes, chora depois de comer doces e o pior: sem tratamento, pode chegar o dia em que os analgésicos não serão mais eficientes. É muito comum os pais terem que correr para pronto-socorros no meio da noite.
A evolução das cáries em dentes de leite é o aprofundamento das mesmas, com a necessidade de tratamento dos condutos (tratamento de canais). Com ou sem abscessos. Dentes de leite também têm canais, que precisam ser limpos se estiverem com material contaminado dentre deles, com o nervo deteriorado pelas bactérias que entraram pela cárie.
Isso sem falar da vergonha sentida pela criança, por seus dentes feios. Ela não terá um sorriso aberto, e poderá sofrer com os apelidos dados a ela pelos colegas de escola. Leia este depoimento esclarecedor: https://www.clinicaamai.com.br/prazer-de-sorrir-voltou-para-lauren
Outra armadilha que escuto que pode adiar a solução de problemas, é sobre a tal cobrança da consulta. A primeira consulta é a chave de tudo, onde as dúvidas são tiradas e os acordos começam a ser feitos.
Na última semana, uma mãe me disse: “Dra. o problema é que a gente quer evitar de pagar a consulta. Aí, fica rodando por aí, cada um diz uma coisa, e a conclusão é que não dá para confiar e vamos perdendo muito tempo, a criança fazendo cada vez mais chororô, cada vez com mais cárie. Passei por quatro, e não conseguiram abrir a boca de meu filho para fazer um exame confiável!!”Falta de esclarecimentos, falta de conversa.
Dicas para a prevenção e solução das cáries em crianças
Prevenção
A visita ao Odontopediatra é essencial
Saiba como é um consultório de odontopediatria, e como toda a família pode evoluir nesse tema
O principal tópico no que diz respeito à prevenção é o ritmo
Ritmo para fazer as escovações, ritmo nas refeições (qualidade e frequência)
Além disso, a criança precisa ser examinada, para que o risco de cáries seja determinado, e as ações aconteçam de acordo.
Leia mais sobre o assunto em: https://www.clinicaamai.com.br/clinica-odontologica-infantil e https://www.clinicaamai.com.br/odontopediatria-muito-mais-uma-boca-dentes.
A primeira consulta e as dicas sobre higiene e hábitos alimentares são a ajuda básica em termos de prevenção. E os retornos periódicos.
O número de escovações por dia, os acessórios, e a posição para a higiene bucal devem ser feitas no corpo-a- corpo, de forma presencial, para individualizarmos as orientações.
Soluções
Agora que você já sabe de tudo, não deixe que isso aconteça com seu filho, procurando um dentista que trate de crianças (odontopediatra). De preferência, só de crianças.
O dentista dos pais não consegue ser especialista em tudo. Se não faz implantes, encaminha. Se não trata de casos de periodontia, encaminha. O mesmo deveria ser feito com as crianças. Mesmo que a criança seja boazinha.
Dar uma “olhadinha” não resolve. Aliás, pode criar a falsa ideia de que está tudo bem quando não está. Ou de que será impossível tratar de seu filho sem sedação, pois ele não foi preparado para dar conta de manter a boca da criança aberta para examiná-lo. O seu filho não pode representar um problema para o profissional. Um desafio, vá lá!
Recebo emails de pais com crianças de 4, 5, 6 anos de idade, com problemas dentários, dizendo que estão preocupados e que não sabem o que fazer.
Ora, leve a um dentista que trate exclusivamente de crianças, e veja como a vida de todos pode ser bem melhor! Leve logo, de preferência perto dos seis meses de idade.
E seja feliz.
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