Flexibilidade é um tema importante, para quem não deseja viver contrariado. Pois contrariados vivem os pais que decidem não dar a chupeta para seus bebês, e não conseguem.
Começa aí o desafio: alguns bebês têm mesmo uma necessidade de sugar maior que outros, para desespero de muitos pais.
Venho por meio deste artigo, dizer que não vou endemonizar a tal chupeta. Mas é claro, que algumas informações e cuidados são necessários, caso você opte ou seja forçado a oferecê-la.
Cuidados no uso da Chupeta
•Em primeiro lugar: O aleitamento materno evita infecções e alergias e fortalece o vínculo mãe-filho. (Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007), e a chupeta pode diminuir o interesse do bebê pela amamentação.
•Não se desespere caso seu bebê for daqueles que realmente não conseguem satisfazer a necessidade de sucção com o seio ou mamadeira;
• Uma vez decidido que vão dar a chupeta, saiba que o hábito terá um prazo: não há chupetas para crianças maiores que três anos no mercado; portanto programe-se para a remoção da chupetaem torno dos dois anos de idade, para não prejudicar as arcadas;
• Se for o caso de oferecer a chupeta, compre as de silicone, bico ortodôntico no tamanho apropriado à idade;
• Não deixe a mesma pendurada por meio de prendedores na roupa da criança durante o dia.
• Ofereça apenas antes de dormir;
• Para fazer com que o bebê se desinteresse, ou seja, que fique satisfeito quanto à sua necessidade de sucção, proceda assim: quando a criança estiver adormecida, faça o toque da chupeta nos lábios estimulando a sucção e depois remova a mesma por umas dez vezes. Assim o bebê estará “exercitando” sua musculatura perioral, e não mantendo a “malvada chupeta” durante todo o período do sono;
• Todos os pais querem saber o quanto a chupeta poderá afetar a boa oclusão dos dentes. Tanto a sucção de dedo como o uso de chupeta, terão efeitos diferentes sobre a oclusão, dependendo:
– do tipo facial, do tônus muscular e de uma série de hábitos, como por exemplo, da dieta, mais pastosa ou sólida que for oferecida para essa criança;
– das características respiratórias e saúde geral dessa criança: respiradores bucais, alérgicos e crianças com baixa resistência terão mais propensão a alterações nas arcadas, que serão potencializadas pelo uso da chupeta;
• Lembre-se sempre: alimentação consistente, variada, de preferência com integrais e orgânicos sempre poderão minimizar os transtornos provocados pela chupeta.
Como tirar o hábito da Chupeta
• A remoção do hábito exige planejamento: conte com a ajuda de um elemento de transição, que pode ser um bichinho de tecido ou pelúcia que poderá transmitir o que a chupeta propiciava: aconchego companhia e segurança;
• Tocar o bebê através da massagem, com o uso do Óleo de Calêndula da Weleda, sempre é importante, para transmitir essa tranqüilidade que o bebê precisa;
• Aromatizar o quarto do bebê também tem efeito tranquilizante, trás conforto e prazer; (ver link samya)
• Conversar com a criança, fazendo com que compreenda a necessidade de remoção do hábito, geralmente gera a cooperação. Muitas vezes a criança está empenhada em ajudar, mas não consegue. Medicamentos Homeopáticos ou Antroposóficos nos casos mais resistentes poderão ser de grande ajuda;
• Combinar trocas, em festas especiais como aniversário, Páscoa ou Natal é valido somente se a criança já estiver preparada, do contrário, trará a sensação de frustração para todos;
• Lembre-se de que não dá para fazer tudo de uma só vez: tirar mamadeira, fraldas e chupeta;
• O momento da retirada do hábito da sucção da chupeta não pode ser um momento de tensão familiar, por motivo de doença, desentendimento entre os pais, mudança de escola, de casa ou nascimento de um irmãozinho. Programe-se com antecedência se planeja alguma dessas coisas;
• A presença principalmente da mãe, através da calorosidade provinda de cantigas fazem bem a todos, inclusive para a mamãe;
E finalmente, leia o artigo http://desmameconsciente.com.br/epoca-do-desmame em que os Doze Sentidos são descritos, para ajudar o desmame. Observar todas as possibilidades de criar um ambiente amoroso, terá um efeito transformador em toda a família.
Ainda tem dúvidas? Sugestões? Então use os campos abaixo para falarmos mais sobre este assunto.
Dra. Carmem Silvia
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